quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Da mudez à verborragia

Voltei à órbita e, desde então, tento controlar as palavras que querem pular, sôfregas, de um estado a outro: do mal-me-quer ao bem-me-quer em questão de segundos.
Ontem dormi ouvindo o tilintar da chuva batendo na janela. O dia amanheceu claro e pude enxergar tudo tão nitidamente. “A vida passa e não fica, nada deixa e nunca regressa”, escreveu o poeta. Mas ao contrário dele, não creio que vale a pena viver sem desassossegos grandes. Ao invés de sentar-me à beira do rio, somente observando o curso da correnteza, criei coragem e mergulhei profundamente nas águas, deixando-me guiar por elas. E já não questiono se um dia chegarei ao mar. Basta saber que seguimos para algum lugar.

domingo, 12 de outubro de 2008

A palavra certa

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"Atravesso a noite com um verso que não se resolve..."




cadê a chave de onde caem as palavras?