quinta-feira, 7 de maio de 2009

Brincadeira na calçada

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O farol abriu e Daniel correu para a calçada. Sentou-se no meio-fio e ali ficou a olhar o movimento da rua. De repente, as balas em sua mão criaram vida e começaram a conversar entre si:
- Capitão temos um problema! O motor está parando, estamos tendo dificuldades para manter a rota.
- Pedro, tente entrar em contato com a base, eu vou verificar o que está acontecendo.
- Capitão corre, corre! O motor está entrando em pane. Teremos que forçar pouso.
- Aí meu Deus! Teremos que forçar pouso. Todos em seus lugares.
- Capitão, a base não responde, estamos tendo interferência.
- Continue tentando Pedro.
Todos assustados olharam entre si. Ouviram um estrondo forte vindo do motor e sentiram o impacto dele aterrizando com força num solo esburacado. As luzes da nave começaram a piscar e de repente o motor parou.
- Capitão, onde será que estamos? Que planeta é esse, ele não aparecia nos estudos, surgiu do nada!
- Vamos tentar manter a calma, homens! Pedro e Cláudio continuem tentando manter contato com a base. Joaquim, Alan e Paulo venham comigo, vamos lá fora verificar que tipo de planeta é esse.
O capitão e os outros vestiram as suas roupas especiais de astronautas e saíram apressados para fora da nave. Quando pisaram no solo desconhecido não acreditaram no que viram: havia um riacho de águas cristalinas em que pequenos seres de asas e orelhas pontiagudas brincavam. Mais adiante havia uma espécie de jardim com árvores de galhos enormes e folhas azuis. Casinhas feitas de algo parecido com o algodão, brancas, fofas e arredondadas completavam a visão.
O capitão e os seus homens olharam aterrorizados quando um dos seres de asas se aproximou e disse em uma língua desconhecida, mas que eles entenderam sem saber por quê.
- Olá visitantes! Nós vimos que vocês iam cair e resolvemos nos fazer visíveis para vocês aterrizarem. Sejam bem-vindos!
Quando o capitão, surpreso, ia responder, Daniel ouviu um grito ao seu lado:
- Ê menino preguiçoso! Para de molecagem e vai trabalhar! Não tá vendo que o farol abriu? Vá logo vender essas balas!
E então, Daniel levantou-se e voltou correndo para o seu mundo, que não tinha astronautas, naves, nem planetas desconhecidos.

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