"As pessoas grandes adoram os números. Quando a gente lhes fala de um novo amigo, elas jamais se informam do essencial. Não perguntam nunca: 'Qual é o som da sua voz? Quais os brinquedos que prefere? Será
que coleciona borboletas?' Mas perguntam: 'Qual é sua idade? Quantos irmãos ele tem? Quanto pesa? Quanto ganha seu pai?' Somente então é que elas julgam conhecê-lo. Se dizemos às pessoas grandes: 'Vi uma bela casa de tijolos cor-de-rosa, gerânios na janela, pombas no telhado...' elas não conseguem, de modo nenhum, fazer uma idéia da casa. É preciso dizer-lhes: 'Vi uma casa de seiscentos contos'. Então elas exclamam: 'Que beleza!'
(...) Mas nós, nós que compreendemos a vida, nós não ligamos aos números! Gostaria de ter começado esta história à moda dos contos de fada. Teria gostado de dizer:
'Era uma vez um pequeno príncipe que habitava um planeta pouco maior que ele, e que tinha necessidade de um amigo...' Para aqueles que compreendem a vida, isto pareceria sem dúvida muito mais verdadeiro."

(...) Mas nós, nós que compreendemos a vida, nós não ligamos aos números! Gostaria de ter começado esta história à moda dos contos de fada. Teria gostado de dizer:
'Era uma vez um pequeno príncipe que habitava um planeta pouco maior que ele, e que tinha necessidade de um amigo...' Para aqueles que compreendem a vida, isto pareceria sem dúvida muito mais verdadeiro."
O Pequeno Príncipe, Antoine de Saint-Exupéry.
7 comentários:
ah amo e sempre amarei o Pequeno Príncipe...esse trecho e o das rosas,e da raposa,e do campo de trigo,e o fim que sempre me faz chorar...é sempre lindo,lindo!!
Ai que delícia ler isso...
Adoro O Pequeno Príncipe.
Obrigada por nos brindar com esse belo texto. Beijos.
E dia 22 de outubro tem início a exposição sobre O Pequeno Príncipe, na Oca, no Ibirapuera. Uma ótima oportunidade da gente se rever o livro e se rever. Bjs.
...hummm...o essencial...e os números, sempre os números...quanto valemos? por onde começamos a conhecer as pessoas? ah, estar enquadrado e adequado é tão monótono...
esse livro é o máximo, ganhei da minha mãe com uma dedicatória linda, para sempre!
bjs!
Pois é...pq não ser simples? Pq dificultar as coisas? PQ não aquilo que de fato importa?
E não é que as Misses dos anos 60 tinham razão?...O príncipe essencial ficou...
Que coisa boa ler isso!!
Também adoro o Pequeno Principe.
Té!
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