terça-feira, 23 de março de 2010

Sobre silêncios e medos

Na introdução do poema “Medo do escuro”, publicado no Jornalirismo, o escritor Sérgio Vaz relata os muitos temores que nos amedrontam ao longo da vida. “Quando era pequeno, e tinha um pesadelo, ia direito para o lado direito da cama onde dormiam meus pais. Era o lado onde minha mãe dormia, o direito. E ali, embora desajeitado, desconfortável, quase caindo, encontrava conforto, encontrava novamente paz.
Depois cresci, e aquele medo de monstros, vampiros, lobisomens, pobres-diabos se transformou em muitos outros medos, talvez piores. Medo da entrega, medo da dor repetida. Medo de você, que chega não sei como, nem por quê.”

(...)
Uma manhã maldormida
acorda no meio da noite
e percebe que está sem estrela.
Na ausência de sol
um vaga-lume
risca um poema
sob a névoa trêmula
que vai além.

Você não lê,
não vem,
mas está escrito:
“Eu tenho medo, também”.


Para ler o poema na íntegra, clique aqui.

Um comentário:

.lucas guedes disse...

que bonito. e verdadeiro!