Para C.S. Lewis, autor de As Crônicas de Nárnia, existem três maneiras de escrever para crianças: a primeira, em que o autor dá “ao público o que ele quer”, tentando identificar as suas preferências, como faria um antropólogo ou um caixeiro viajante; a segunda – praticada por Lewis Carroll, Keneth Grahame e J.R.R.Tolkien –, em que o livro publicado nasce de uma história contada de viva voz e talvez espontaneamente a uma determinada criança; e a terceira, que consiste em escrever uma história para crianças "porque é a melhor forma artística de expressar algo que você quer dizer", "a única que sou capaz de usar", conta o escritor. Esta mesma fórmula é utilizada por Katherine Paterson, autora de “Ponte para Terabítia”, romance escrito na tentativa de ajudar o seu filho mais novo, David, a lidar com a perda de uma amiga.

Ganhadora das medalhas John Newbery, em 1978, e Hans Christian Andersen, em 1998, e do Prêmio Astrid Lindgren, em 2006, o grande mérito da obra de Katherine está em tratar temas densos de maneira singela, sem subestimar os jovens leitores. Partindo do ponto de vista de Jess, a escritora norte-americana aborda as dificuldades enfrentadas na família, no colégio e nos relacionamentos como um árduo e complexo processo de amadurecimento.
Para quem se aventurar pela obra fica aqui o recado: é praticamente impossível sair ileso da leitura. Mas é este o papel de toda boa Literatura, não é mesmo?
Um comentário:
Poxa, vou ver se acho por aqui. Sua descrição é tentadora. Sim, é esse o papel da boa Literatura!
Bjs!
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